Qual o impacto da inflação e da subida da Euribor nas famílias?

Com estas previsões em cima da mesa, os especialistas deixam um alerta às famílias que estão a pagar um crédito habitação de taxa variável indexado à Euribor: aproxima-se um aumento das prestações da casa que poderá ser pior do que o esperado
05 mai 2022 min de leitura

 "Para quem está a pagar um crédito habitação de taxa variável, uma subida dos juros representa uma queda significativa nos rendimentos disponíveis, o que vai reduzir o consumo", argumenta a economista sénior do Funcas. Por outro lado, María Jesús Fernández recorda que, hoje, "as prestações da casa estão em níveis historicamente baixos, portanto, por muito que subam, não deverá ocorrer um cenário dramático”.

subida das taxas de juro terão dois efeitos nos orçamentos familiares: vão, por um lado, reduzir o rendimento disponível e, por outro, diminuir a capacidade de poupança, sublinha Miguel Cabrita, responsável do idealista/créditohabitação em Portugal. “Com a inflação em alta, as famílias vão gastar mais dinheiro e o consequente aumento das prestações da casa para empréstimos de taxa variável vai também reduzir o rendimento mensal disponível pelos agregados que poderia ser usado para outros fins, como por exemplo para engordar as poupanças”, explica Miguel Cabrita, salientando que tudo isto poderá desacelerar o crescimento económico.

Esta perspetiva é partilhada pelo professor da EAE Business School. Juan Carlos Higueras acrescenta que “as famílias com empréstimos indexados à Euribor terão um impacto direto no momento da renovação [anual, semestral ou trimestral, dependendo do prazo]. Isso afeta o crédito ao consumo, mas sobretudo a grande parte do crédito habitação de taxa variável. E afetará também quem quiser contratar um empréstimo nos próximos meses, já que as prestações da casa vão ser superiores face ao mesmo rendimento familiar”. Neste artigo, explicamos como é que a subida das taxas Euribor já está a fazer subir as prestações da casa a pagar em maio.

Por seu turno, o diretor do setor financeiro da IE Business School alerta para os efeitos que esta alteração da política monetária poderá trazer, sobretudo a médio prazo. “Como a maioria dos créditos habitação são de taxa variável e de longo prazo, a prestação vai subir muito mais do que as pessoas possam pensar nos próximos cinco anos. Se a Euribor estiver em torno de 3% no médio prazo, os pagamentos dos empréstimos da casa podem subir 50%”, alerta Manuel Romera.
Fonte: IDEALISTA / NEWS

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